quarta-feira, 16 de junho de 2010

A PSICOMOTRICIDADE E O BRINQUEDO


"É uma verdade que o brinquedo é apenas o suporte do jogo, do brincar, e que é possível brincar com a imaginação. Mas é verdade também que sem brinquedo é muito mais difícil realizar a atividade lúdica (...). Se a criança gosta de brincar, gosta também de brinquedo. Porque as duas coisas estão intrinsicamente ligadas. (Vital Didonet)
"Como já vimos, o ato de brincar é fundamental para a formação física, emocional e intelectual da criança. E os brinquedos são ferramentas que podemos oferecer aos nossos filhos para ajudá-los a se desenvolver da maneira mais saudável possível. Pensando assim, sentimos certa aflição, decorrente da nossa grande responsabilidade nesse sentido, ao nos vermos obrigados a escolher um brinquedo. Buscamos sempre o brinquedo ideal. No entanto, esse é um conceito que não existe. Cada tipo de brinquedo pode estimular determinadas qualidades e habilidades da criança.
Lembre-se de que o conhecimento da fase de desenvolvimento na qual a criança se encontra é fundamental para escolher um brinquedo adequado. Você vai se perguntar, mas afinal, o que isso significa exatamente?
É importante ressaltar que as fases do desenvolvimento podem tomar tempos diferentes para cada criança. Quando fazemos separações e classificações por idades, é preciso levar em conta que se trata de uma aproximação, de uma média que reflete o tempo de maturação da maioria das crianças, podendo, no entanto, haver variações significativas de indivíduo para indivíduo. Se a criança apresenta alguma dificuldade com os brinquedos da idade apontada, não hesite em priorizar a criança e não o rótulo. Se você, como pai, observa no seu filho uma defasagem muito grande com relação à sugestão de idade apresentada, busque uma orientação especializada, pois algumas crianças especiais não terão a idade cronológica correspondendo à etapa do seu desenvolvimento. Nesse ponto, a atitude dos pais é fundamental para que a criança se sinta valorizada nas suas capacidades, independentemente de suas limitações.
Acontece com alguma frequência os pais acharem que a criança está à frente do desenvolvimento previsto para a sua idade. Embora isso possa ser verdade em alguns casos, de um modo geral os pais tendem a supervalorizar os filhos. Não há nada de errado nisso, mas devemos ficar atentos ao perigo de oferecer à criança brinquedos que estejam além da sua capacidade. Isso pode ser bastante prejudicial, causando muitas vezes frustação e abalando sua auto estima. Ela se sentirá dependente do adulto para brincar e provavelmente o potencial do brinquedo ficará inexplorado.
Existe uma grande variedade de tipos de brinquedos, jogos e atividades, principalmente para as crianças com três anos ou mais. É fundamental que a criança possa dispor da maior variedade possível de tipos de brinquedos, visto que cada um contribui mais diretamente com alguns aspectos do seu desenvolvimento.

fonte: Brinca comigo: tudo sobre o brincar e os brinquedos (Silvia Zatz, André Zats, e Sérgio Halaban)

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